segunda-feira, 9 de setembro de 2013

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(...) "Poderia continuar com este relato, mas para quê? Se na verdade eu acabei de perceber quão imaturos éramos  quão imatura eu era ao ponto de não perceber que não havia nada para continuar a não ser uma amizade, sim sempre fomos amigos, mas porquê pensar que seriamos algo mais quando simplesmente não dava. Mesmo que ele estivesse ao pé de mim, ele não era nem de perto o par que eu procurava, a metade que eu precisava, ele era a distracção que eu tinha e distraí-me tanto que nem percebi o quão longe eu estava a ir nesta estrada sem saída.




Doze anos depois aqui estamos nós, com mais história, mais maturidade mas com o mesmo sentimento e posso falar por mim, porque pelos homens quem me dera saber falar."

Ana Silva

[Este excerto faz parte de algo que estou a começar a escrever]

sábado, 7 de setembro de 2013

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A cabeça dá tantas voltas depois de uma discussão,"o que é que disse?" "
O que é que eu deveria ter dito", e maior parte das vezes o problema nem foi esse.
O problema fui eu, ou tu, ou alguém não ter pensado que ninguém pensa em ti,
 ninguém cuida melhor de ti se não fores tu próprio. O amor faz-nos sentir protegidos, amados
a amizade faz-nos sentir felizes e abençoados, mas no fundo quem sente tudo és tu! Se não tivesses um amor terias que te sentir protegido na mesma
terias que fazer como uma tartaruga, recolher-te para dentro da carapaça e proteger o coração e se não tivesses amigos
terias que ser feliz na mesma, porque ninguém é tão infeliz assim.
Não quero dizer que não precisas de amigos, de um amor, estou a dizer que precisamos de nós. Temos que pensar em agradar-nos, em ajudar-nos, em chegar ao topo daquela montanha por nós
e não por alguém que apareceu e que como isso também pode desaparecer e aí ficamos sem nada, porque os nossos objectivos, as nossas crenças, as nossas esperanças estavam todas naquela pessoa
e ela acabou de sair e fechar a porta.  Ana Silva
[Quem quiser usar algum excerto do texto pode fazê lo desde que acompanhem com o link do post, obrigada!]

LINK: http://sameaalways.blogspot.pt/2013/09/blog-post.html

domingo, 31 de março de 2013

mentir

Hoje é dia das mentiras, huum, qual será a primeira mentira que vou contar á amiga, ao amigo, á mãe, a alguém?
Será que todos os outros 364 dias já não mentimos o suficiente? E pior que mentir a alguém, mesmo que seja apenas uma brincadeira, é mentir a nós próprios.
Começa sempre com uma brincadeira, e a brincadeira começa a fazer sentido na nossa cabeça, gira gira gira, até que já não parece mais mentira, parece um truque de magia, uma ilusão...
Mas as ilusões têm vida curta na nossa cabeça. Ou desaparecem, ou tornam-se a nossa verdade.
é estranho pensar que uma mentira pode-se tornar uma das nossas verdades não é? Será que é o coração ou a cabeça que a quer tanto lá que não a deixa simplesmente desaparecer?
Era tão fácil se uma ilusão aparecesse na nossa cabeça e de um momento para o outro já não estar lá mais.
Mas se a cabeça pensou foi porque a boca o disse e  o coração sentiu. O coração é sempre o fim deste meio sem começo. O coração vai recebendo estas mentiras-verdades e transforma-as num sentimento, afinal é mesmo esse o trabalho dele, gerar sentimentos.
E quem nunca contou uma mentira, ou se deixou envolver por uma mentir que lhe transformou o cérebro de tal forma que ela nunca mais de lá pode sair?

*feliz dia das mentiras*

domingo, 3 de março de 2013

Soluços

Um vazio é sempre um vazio, frio, grande e profundo. Pode a sala até estar tão cheia que o oxigénio tenha sido completamente substituído pelo dióxido de carbono, mas o coração está sempre tão vazio, tão sozinho que nem dá por nada do que se passa "no mundo lá fora".
Ele pesa lá no seu cantinho do peito. Pesa porque está triste, quer gritar, quer chorar, porque ele está a sofrer, apertadinho e sem ninguém com quem partilhar. Todo o mundo parece tão distante, tão ocupado, tão sem noção do que se vai passando ali dentro, naquele pedacinho de carne e músculo que controla um gigante corpo e uma poderosa mente.
É difícil quando todas as expectativas, todos os momentos, todas as saudades, todas as vontades recaem sobre tão frágil músculo.
Aquele vazio de que comecei a falar,  ás vezes enche-se de ar, aquele ar do peito, quando ele fica ofegante, quando  o corpo está tão feliz que não aguenta tanto ar nos pulmões, o problema é que tão depressa ele aparece como desaparece, e lá fica o coração sozinho outra vez, vazio tal como estava, mas ainda mais triste, porque agora está a tentar suportar a dor que agora passou para o cérebro também. Porque as conversas, os momentos, as acções não acompanharam os sentimentos naquele momento em que foi preciso. Porquê que o coração bloqueou quando estava tudo ali pronto para acabar com aquele vazio? Porquê que ele foi teimoso? Será que ele gosta de estar sozinho?
E nós, como ser humano, pensamos e sentimos tudo e pensamos porquê que as coisas nunca são como queremos e porquê que fica sempre alguma coisa para trás, uma palavra, um gesto, que consequentemente trás um arrependimento que só acabará com uma nova oportunidade.

O  coração e a cabeça, nem sempre estão de acordo, mas o sentimento e a vontade estão sempre lá!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

El amour

"O amor é para parvos", dizem as pessoas, mas as mesma pessoas que o dizem já se apaixonaram, uma vez? duas? não se sabe, porque "quem anda á chuva molha-se".
O amor devia ser uma disciplina dada na escola. Sim, é verdade que o amor já vem dentro de nós, logo que vemos a luz, ao sair da barriguinha, mas a nossa mãe não nos parte o coração, aliás ela compra-nos a cola necessária para o consertar, faz-nos perceber que a vida está cheia de mauzões que nos querem roubar o coração.
Na escola devia aprender-se a controlar o coração, a controlar o amor, tal como o Harry Potter aprende a controlar uma pena com o feitiço wingardium Leviosa.
E como diz a música "eu não tenho experiência, ninguém me ensinou, nenhuma ciência ensina o amor amor, e agora não sei como curar esta dor." É verdade! Quem é que tem experiência no amor? Para mim o amor é uma experiência, e cada amor, cada pessoa, é um novo experimento, porque cada um é como cada qual.
E ainda dizem que na vida só há um amor, então os outro são o quê? Folhas solta de uma árvore em plena tarde de outono?
Claro que há sempre um relacionamento que é mais intenso, mais duradouro, mais forte, mas não quer dizer que não haja mais amores. Há amores maiores, mais pequenos, mais vividos ou menos vividos, há amores para todos os gostos e feitios e para todas as ocasiões também.
O amor é bom, faz-nos bem, até mesmo quando dói, porque nos pica bem lá no fundo e acorda-nos para a vida real.
O amor vive-se e vive-nos!