segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Aquecedor da alma

  A vida das pessoas dá voltas e voltas sem que elas se apercebam e quando está parada faz arrepiar a pele, faz bater o coração, que dói, numa dor inexplicável, numa dor que grita tão alto que ecoa os ouvidos.
  Uma batida e outra logo a seguir, a respiração ofegante, o transpirar da pele, aquele calor tão corporal que percorre as cicatrizes do passado e envolve o tempo, a hora, o espaço e transforma tudo num momento de decisão, onde o amor deixa de valer a pena, onde os momentos são esquecidos e onde a dura razão quebra qualquer encanto e julga o coração, condenando-o a uma frieza mórbida que apenas poderá ser aquecida por ti. <3

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Os Olhos Que Não Vêem

Olhamos vezes sem conta para as nossas mãos, mas não olhamos com olhos de ver. Não vemos quantos risquinhos elas têm, não olhamos para os espaços vazios, não vemos as rugas que nos surgem, não nos sentimos tentados a descobrir o que são as entranhas das unhas, apenas olhamos para as futilidades, para o superficial e deixamos as histórias e vivências entre os dedos.
As mãos  foram concebidas para sentir, para sentir o que os olhos não vêem, o que ao coração não chega.
E como se fala em mãos, fala-se em olhos e em boca, fala-se em sentir, viver e reviver. E até pode parecer  que não há relação nenhuma entre sentimentos e o corpo humano, mas há, ele é o fio condutor que ilumina a nossa capacidade de viver e quando não há energia que justifique a existência do fio condutor, nós, o ser, somos invadidos por uma "amnésia corporal" onde só perdura o sentimento e é ele que se funde na fonte de viver, no recurso de sobrevivência que todos tentamos alcançar.
E o tempo vai passando, os sentimentos vão mudando e o nosso "eu" vai-se confundindo com as cores do Outono, com a brisa da maresia, porque no fundo, com o passar do tempo tornámo-nos camaleões da vida e somos arrastados por ela como grãozinhos de areia numa tempestade tropical.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Boneca de trapos

Um olhar doce que envolvía todo o ambiente em redor, e a bonequinha encontrava-se alí naquela prtaeleira e sorría, sorrí sempre. Tinha um sorriso fascinante, um sorriso que a tornava diferente de todas as outras, que lhe dava o brilho do olhar, a alegria do coração.
Estava alí naquele lugar á meia primavera e continuava a provocar o mesmo espanto, a mesma admiração nas pessoas.
Perguntavam qual era o preço, mas ela não o tinha.
O seu tecido era feito de bocadinhos de nuvem, os cabelos eram fios dourados do sol de verão, aquele ar, aquela maneira encantadora com a qual ela cativava as pessoas, era um dom, era um mistério que se escondia por detrás do seu vestidinho cor de amores de menina.

Girar ao contrário

Por vezes o mundo pára á nossa frente, o mundo pára e caí-nos nos pés como uma folha cai da árvore, e nós, seres humanos que somos, seres falíveís, seres sobre quem o sentimento exerce poder, ficamos imóveis e impotentes, sem forças para levantar, sem forças para reagir, como se o que somos dependesse de uma força exterior, de um força que em nada se compara a nós, que nos torna o futuro baço e que nos encruzilha o presente, fazendo com que o passado teimosadamente perdure e derrube partedo que somos, parte do que sentimos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

,

Si un día te sentires muy mal,
Muy confuso,
Con una fuerte dolor de cabeza,
Cuando te olvidares de ti,
De tu camino,
Intienta buscar un amigo,
Un amigo que te enseñe el camino,
Qui con él te sientas muy mejor,
Y que él por instantes te haga muy feliz,
Te haga seguro de ti mismo ,
Y seguro del camino que vas a escojer.
Solo necesitas de un amigo y de un abrazo,
Solo eso para que seas feliz .

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Corazón al aire

A felicidade plena não é quando todos os pontos da nossa vida estão em alta, não é quando se tem uma boa casa ou muito dinheiro.
A felicidade plena, é a felicidade do coração.
É quando o coraçao bombeia o sangue de forma diferente,
É quando entra demasiado sangue pelas aurículas,
É quando demasiado sangue se acumúla nos ventrículos,
É quando o corpo aquece e arrefece,constantemente,
É quando somos controlados pelos sentimentos,
É quando tudo anda e tudo pára.

Remar sem remos

Dois passos e recua, mais dois passos e recua de novo.
É um avançar/recuar constante em que todos os sentimentos estremecem.
Recuo e o coração bate mais forte pedindo pelo avanço, tal como o mar pede pelo avanço da caravela.
Avanço  e o mundo perde-se, os sentimentos esvanecem e fica o "quentinho" na alma que afaga o coração.
E entre o avançar recuar sobram os momentos em que a cabeça lateja fortemente, que acaba com a brisa do mar e o calorzinho interior
com o calorzinho interior, que nos deixa arrasados de dor que só acabam com o reaproximar.